RAIO-X dos brasilienses do Nancy

Grupo, que acaba de voltar de mini-turnê pelos EUA, lança seu disco de estreia, Chora Matisse!, na internet

Banda Nancy, de Brasília
Banda Nancy, de Brasília

[Por Natasha Ramos]

Ao contrário do que pode parecer, Nancy não é o nome da garota da foto acima, mas do sexteto brasiliense que toca um rock de levadas harmônicas temperado com a doce voz da vocalista Camila Zamith.

A banda lança hoje, virtualmente, seu CD de estreia, intitulado Chora Matisse!, que traz, dentre as faixas, a ótima “Keep Cooler”, música que chamou a atenção do Palco Alternativo e nos motivou a conhecer mais o trabalho do grupo.

A partir da correspondência via e-mail entre a vocalista e o guitarrista Praxis, que estavam em continentes diferentes —ela na Inglaterra, ele no Brasil—, no início, o que se configurava mais como um projeto musical foi tomando forma até se consolidar como banda com o retorno da moça ao Brasil.

Integrantes

A banda Nancy é formada por Camila Zamith (vocalista), Praxis (guitarrista), Dreaduardo (baterista), Munha (baixista), Fernando (guitarrista), Rick Ramirez (flautista).

“O Munha também é maestro do Satanique Samba Trio, uma banda super bad vibe daqui de Brasília”, comenta Práxis em entrevista ao Palco Alternativo.

Início

O grupo teve duas formações, uma no começo da carreira, em 2003, antes de Camila ir morar em Londres, e a atual, reformulada depois de sua volta. Além da vocalista, Praxis também saiu de Brasília para ir morar no Rio. Mas a distância não foi suficiente para que eles desanimassem.

“Continuamos compondo. Eu fazia as partes da guitarra e enviava [pela internet] para a Camila, que mandava de volta com o vocal e vice e versa. Quando voltei para Brasília, montei novamente a banda, dessa vez com Munha e Fernando, e ensaiamos bastante. Quando a Camila chegou, entramos em estúdio para gravar essas músicas”, conta Praxis.

Influências

O som de Nancy é influenciado principalmente por Nina Simone, Public Enemy, Mulatu Astatqé e “aquela banda que toca no Twin Peaks”, segundo Praxis. Tudo isso contribuiu de alguma forma na formação sonora única da banda, que toca um “HPV Chic”, como classifica o guitarrista.

Já sobre as letras, não quebre a cabeça para tentar traduzir as músicas cantadas em inglês, pois como o Praxis explica: “Tocamos rock, ou seja, nossas letras não significam nada”.

Nome

A escolha do nome é algo realmente curioso e, digamos, onírico. Certa vez, Praxis teve um sonho bem maluco com o vocalista da Legião Urbana..

“O Renato Russo me pedia para dar um recado ao dado Villa-Lobos: que ele tomasse cuidado com o Negrete, pois ele voltaria da Chapada para tentar assediá-lo sexualmente. Ao fim do sonho, ele perguntava se eu tinha entendido o recado. Então, eu entrei num loop respondendo ‘Não, sim, não, sim, não, sim’. Daí surgiu Nancy”.

Shows

O quinteto já se apresentou no Milo Garage, em São Paulo, em todos os cantos de Brasília, em festivais em Goiânia e, na edição do Motomix do ano passado. “Mas se alguma gata quiser nos convidar para tocar na casa dela também aceitamos”, completa.

Além disso, a banda acabou de voltar de uma mini turnê pela costa leste dos Estados Unidos e da apresentação no festival texano South by Southwest, realizado nos Estados Unidos entre os dias 7 e 16 de março do ano passado.

Músicas�

Capa do CD "Chora, Matisse!"
Capa do CD "Chora, Matisse!"

A banda leva na bagagem o recente disco de estreia, Chora, Matisse!, lançado online nesta segunda-feira (06/4) pelo site spsOnica, onde é possível fazer o download de todas as músicas e fotos. Este álbum traz nove  faixas, entre elas, “Keep Cooler”, “Glicerina Dreaming” e “Mamba Negra Fashion”, que podem ser ouvidas no MySpace da banda.

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