Grizzly Bear por Luis Calil (Cambriana)

Banda Cambriana

[Por Natasha Ramos]

A banda norte-americana Grizzly Bear subiu ao palco do Cine Joia, em São Paulo, no dia 3 de fevereiro, para um público de admiradores calorosos. Entre eles, Luis Calil, vocalista e idealizador da banda Cambriana, que viajou de Goiânia só para vê-los ao vivo. Para quem conhece o trabalho do grupo, não é segredo que o Grizzly Bear é uma forte influência no som da banda goiana, que acaba de lançar o EP “Worker”. O Palco Alternativo conversou com Luis para saber suas impressões do show e como foi o momento do rápido encontro com Daniel Rossen e cia.

Palco Alternativo: Na sua opinião, como foi o show que os caras fizeram no último domingo, no Cine Joia?
Luis Calil: Foi espetacular. A banda é incrivelmente precisa e atenciosa na execução das músicas ao vivo. Não achei que fosse possível, mas as minhas favoritas do disco novo deles, a “Sleeping Ute” e “Sun in Your Eyes”, ficaram ainda mais grandiosas ao vivo.

PA: Foi o primeiro show dos caras que você assistiu?
LC: Foi o primeiro. Por isso eu viajei tanto só pra ver o show.

PA: Teve alguma música que você estava esperando que eles não tocaram?
LC: Algumas favoritas minhas do Veckatimest (o disco anterior deles) não foram tocadas, como “Fine for Now” e “Southern Point”. Eu queria ter ouvido a “Colorado” também, do Yellow House. Nos vídeos que eu já vi, eles fazem uma versão estendida desta que parece ser mais dramática que a versão do disco. Mas fica para os próximos shows (eu espero).

PA: Você acompanhou outros shows (pela internet) que eles fizeram em outros lugares? Quais? Comparando esse(s) ao show que fizeram aqui, quais comentários você faria? (Aparentemente, eles se surpreenderam com a recepção calorosa dos brasileiros, tanto que eles resolveram tocar três músicas no BIS…)
LC: Eu já assisti a shows deles que foram exibidos online, e eu acho que a performance deles foi do mesmo (altíssimo) nível. A plateia lá no Cine Joia realmente estava muito calorosa. Eu não achei que ia ver gente pulando num show do Grizzly Bear, mas esse milagre aconteceu durante “On a Neck, On a Spit”.

PA: Durante o show, eles deram preferência pelo “Shields”, disco que estavam divulgando. Qual sua opinião sobre esse último disco em relação aos anteriores? Qual você prefere?
LC: O Shields é um disco excelente, mas acho levemente inferior ao Yellow House e o Veckatimest. Por um lado, eu acho a faixa de abertura e a de fechamento as melhores coisas que eles já criaram; por outro, não escuto muito algumas músicas dele, tipo a “Gun-Shy” (que soou bem melhor ao vivo!) e “The Hunt”. Os outros álbuns são um pouco mais consistentes, mas não deixa de ser uma grande obra, e um passo pra frente.

PA: Terminada a apresentação, já do lado de fora da casa de shows, você deu a sorte de esbarrar nos integrantes da banda, certo? Quem? Conta como foi.
LC: Estava esperando um táxi com alguns amigos na entrada do Cine Joia, e já tinha pouca gente por lá. Do nada, os integrantes da banda saem pra entrar na van deles. A gente puxou papo com o Daniel Rossen (vocalista/guitarrista) e o Chris Taylor (baixista), que foram extremamente simpáticos.

PA: Sobre o que vocês falaram?
LC: Infelizmente, eles nos pegaram despreparados, então o assunto não foi muito interessante. Eu perguntei pro Rossen se ele vai fazer uma turnê com o EP solo que ele lançou, “Silent Hour/Golden Mile” (ele  disse que quer fazer, mas não sabe quando). Perguntei também sobre uma música dele que já foi tocada ao vivo mas nunca lançada, a “You Never Know”. Ele não soube me responder se ela vai sair ou não.

PA: Você entregou o CD do Cambriana para um dos integrantes, certo? Quem? O que ele disse a respeito?
LC: Para o Chris Taylor. Ele disse que achou engraçado ter uma música chamada “Ashtray” (Cinzeiro). Eu tive que corrigir ele, porque nossa música chama “Astray” (desnorteado; perdido), sem o h. Ele riu e disse que estava sem os óculos dele. Espero que eles escutem o CD, mesmo que seja pra não gostar e jogar fora depois.

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